sábado, 8 de agosto de 2015

RESENHA HISTÓRICA DA CINOTECNIA PORTUGUESA DO SÉCULO XX ATÉ AOS DIAS DE HOJE

Quando se fala sobre a 1ª República Portuguesa (1910-1926), vêm-nos automaticamente à memória o regicídio, grandes tumultos sociais, miséria, fome, instabilidade política, governos de pouca duração, endividamento externo, maçonaria, expulsão de ordens religiosas, guerra, morte nas trincheiras, anarquia e anarco-sindicalistas, ataques bombistas, assassinatos etc., porque o regime ditatorial que a derrubou, para justificar a privação dos direitos e liberdades populares que empreendeu, muito enfatizou esses aspectos em detrimento doutros de igual importância para o Povo e para o País. Um deles foi sem dúvida o esforço republicano pela educação popular e pela escola pública, já que a República herdou da Monarquia um povo maioritariamente analfabeto (3/4 da população não sabia ler nem escrever), canga que mais interessava à conservação dos privilégios de alguns que ao progresso e desenvolvimento dos portugueses. Para se ter uma ideia da dimensão do problema, que se estende até aos dias de hoje, na década de 60, quando as missas passaram a ser oficializadas em português, obra do Concílio do Vaticano II, 40% dos portugueses eram ainda analfabetos, o que nada aproveitava ao País mas que bem servia aos adeptos da doutrina do “Ex Opere operato” e ao poder vigente, que se mantiveram de mãos dadas por mais algum tempo.
 A 1ª República começou desde logo a combater o analfabetismo, ao estabelecer o ensino obrigatório e gratuito para todas as crianças entre os 7 e os 12 anos de idade, tendo como prioridade associar o ensino à vida prática (divulgação da dactilografia). Em simultâneo e apostada na cultura, procedeu à fundação das Universidades de Lisboa e Porto, para além de reorganizar a já existente de Coimbra. Levantou bibliotecas e museus, trouxe gratuitamente para o grande público concertos musicais, exposições e conferências, debaixo do propósito de educar o povo e de modernizar o País, já ao tempo atrasado em relação às principais nações europeias. Paralelamente, muitos Centros Republicanos levantaram, sustentaram e sustentam ainda hoje, creches, orfanatos, escolas e associações de benemerência. Debaixo dos seus auspícios grandes vultos se levantaram nas ciências e nas artes, na aeronáutica, na medicina, na arquitectura, na escultura, na pintura e na literatura, todo um fervilhar cultural donde emergiriam, entre outros e foram muitos: os aviadores Gago Coutinho e Sacadura Cabral, o médico Ricardo Jorge, Almada Negreiros e Fernando Pessoa. O Estado-Novo viria ainda a aproveitar-se de alguns deles (dos que não prendeu ou expulsou) e a formar gerações bem distantes do seu valor, mercê do Portugal comezinho que perfilhou, beato, chauvinista, pacóvio, censurado e cada vez mais isolado e retrógrado. Debaixo deste panorama e perante a necessidade de educar o povo, dificilmente subsistira algum tipo de cinotecnia.
Apesar do corte abrupto com os ideais republicanos, Salazar viria a dar continuidade ao programa de ensino público encetado pelos homens do 5 de Outubro de 1910, garantindo a quase todos “o saber ler, escrever e fazer contas”. Num País com um grau médio de escolaridade tão baixo e dominado por uma economia de subsistência, que a muitos levou à emigração, à fuga para o litoral e ao amparo do Estado, a canicultura, a cinotecnia e a veterinária viriam a sofrer pouco incremento, padecendo por falta de meios, intercâmbio e inovação, assim como a nossa agricultura. Tudo o que encetámos nestas áreas aconteceu no mínimo com 50 anos de atraso e nalguns casos com maior delonga. O Clube Português de Canicultura, descendente directo do Real Clube de Caçadores de Portugal, do qual foi uma secção, só em 1955 é que adopta o seu nome actual, tendo sido aceite como membro federado da FCI vinte anos antes (1933), elaborado o seu Livro de Origens em 1936 e entendido como Kennel Club em 1939 (bastante mais tarde que os seus congéneres europeus). Os primeiros estalões caninos das raças portuguesas irão acontecer sob os augúrios e à luz do “Estado Totalitário”, onde desde logo se reafirmam as heranças históricas de cada uma delas em prejuízo da sua utilidade, preocupação estética e morfológica que, quando isolada, as remeterá para uma menor procura ou para um grupo de eleitos, onde o seu ascetismo reforçará o status dos seus proprietários.
Se a formação da nossa canicultura aconteceu tarde e a más horas (década de 40), a nossa cinotecnia não podia adiantar-se-lhe e nenhuma delas poderia ir mais além da agricultura e pecuária que tínhamos. Salvo honrosas e isoladas excepções, a nossa burguesia sempre foi descamisada, tacanha e pouco empreendedora, e a nossa classe média por demais oscilante, ao ponto de desconsiderar os cães e as suas vantagens diante do inevitável equilíbrio orçamental familiar. Não tendo a esmagadora maioria do povo como abraçar a ideia, por ausência de meios e de cultura, coube aos militares e à polícia fazê-lo, copiando modelos estrangeiros e importando cães na eminência de um cenário de guerra colonial e de uma maior necessidade de repressão ou de manutenção de ordem pública, “novidade” que viria a acontecer no final da década de 50, quando o General Kaulza de Arriaga fez chegar os primeiros Pastores Alemães às tropas pára-quedistas (um ano mais tarde chegariam também à GNR).
A chegada dos “Alsacianos” e a consequente formação dos seus instrutores e tratadores, na sua fase embrionária alcançada no estrangeiro, irá marcar a cinotecnia portuguesa durante os 25 anos seguintes, por ser única, apesar do seu cariz militar ou paramilitar. Ainda que nos anos 60 tal já acontecesse esporadicamente, nos anos 70 e 80 assiste-se ao treino de cães civis por militares e polícias, na inexistência doutros instrutores, escolas e métodos (a ATAAC – Associação de Treinadores Amadores e Amigos do Cão, primeira escola civil a desenvolver a sua actividade em Portugal, só viria a ser fundada a 11 de Setembro de 1991). Estes cães eram treinados pelos tratadores militares/policiais num período médio de até 2 meses ou através de um número contratado de lições, sucedendo-lhe depois a “transferência”, período em que o tratador entregava o comando do cão ao dono, debaixo da sua supervisão, ensinando-lhe o uso dos códigos (as coisas nem sempre corriam segundo o esperado). Durante o treino, dependendo da natureza dos cães ou da distância a que se encontravam dos seus treinadores, os cães tanto poderiam pernoitar em casa como ser instalados num canil para o efeito. Do ponto de vista prático, a cinotecnia portuguesa (civil e policial) ficou a dever a sua actualização à sua congénere militar. Mais tarde, alguns indivíduos que cumpriram o serviço militar obrigatório numa subunidade cinotécnica (tratadores), viriam a formar junto com outros várias escolas civis.
É evidente que já tínhamos tradições e práticas cinotécnicas anteriores à cinotecnia militar, actividades ancestrais, tornadas populares, ligadas à pastorícia e à actividade cinegética, firmadas desde o Império Romano, adoptadas pela aristocracia visigoda, desenvolvidas na Idade Média, aprimoradas pela presença muçulmana na Península e tornadas tradição pelos mouros que aproveitámos para a agricultura. No final do Séc. XIX ficou famosa a matilha heterogénea de El-Rei D. Carlos destinada à montaria, obra do saber dos seus monteiros, na sua quase totalidade analfabetos, handicap que não lhes permitiu “fazer escola” ou elaborar tratados. Contudo, os seus conhecimentos foram transmitidos oralmente até aos dias de hoje, fundamentando hábitos, crenças e métodos que se perdem pelos confins dos tempos e que sustentam o nosso modo de caçar, cuja erudição, volvidos tantos anos, ainda deixa muitos especialistas boquiabertos.
Durante a 1ª República e até ao final da II Guerra Mundial (1945), a caça não teve grande incremento em Portugal, por razões político-ideológicas e socioeconómicas, até porque o povo, não tendo como sustentar cães e comprar espingardas, caçava a laço e a varapau, correndo alguns a pé descalço. Nunca tivemos necessidade de elaborar uma lei, como aconteceu nas Ilhas Britânicas, para estabelecer o tamanho dos cães populares, porque os nossos sempre foram naturalmente pequenos e moldados pela desnutrição (os cães grandes eram pertença de nobres e burgueses, que tinham como encher-lhes a barriga, já que possuíam gado, fazenda e coutos). Depois da II Guerra Mundial, lentamente e a partir da década de 50, a caça generalizou-se, um pequeno grupo de abastados começou a importar cães e a estabelecer canis, primeiro a partir de raças autóctones de Espanha e depois doutros países europeus, o que levou, pela “porta do cavalo”, à proliferação do rafeiro para caça entre os populares, primeiro resultante da cruza do podengo, do perdigueiro e do rafeiro entre si e depois com outros (nacionais e estrangeiros).
 Entretanto, importa falar sobre a medicina veterinária em Portugal, porque dela irá depender em grande parte o avanço da nossa cinotecnia. A primeira Escola de Veterinária nacional é instituída por decreto régio de D. Miguel em Lisboa, no ano de 1830, tendo como padrão as “Landwirschaf Hochschule" (escolas agrícolas alemãs), quase 70 anos depois da sua homóloga francesa, criada em Lyon e que foi a pioneira na Europa (1762). A maioria das escolas europeias de veterinária foi fundada no Séc.XVIII, inclusive a espanhola de Madrid, que remonta ao ano de 1792, o que possibilitou o aparecimento de distintas raças caninas estrangeiras ainda no Séc.XIX, cujos estalões foram redigidos maioritariamente por veterinários. Até à formação da nossa primeira escola de veterinária, remontando ao Séc.XV, seguiam-se aqui e em Espanha o parecer dos “alveitares”, nome aportuguesado para “albeitar”, numa alusão ao reputadíssimo médico de animais Eb-Ebb-Albeithar, um peninsular de origem árabe. O cargo de “alveitar” foi criado durante o reinado de Afonso V de Aragão e continuado pelos Reis Católicos até ao surgimento da escola veterinária de Madrid.
Em 1855 a “Real Escola Veterinária Militar” foi incorporada no “Instituto Agrícola”, criado debaixo da tutela do Ministério das Obras Públicas, Comércio e Indústria, onde passou a ministrar-se um curso misto de Agronomia e Veterinária, que formava veterinários-lavradores. Em 1864 verificou-se a junção entre o “Instituto Agrícola de Lisboa” com a “Escola Veterinária Militar”, nascendo assim o “Instituto de Agronomia e Veterinária” (no Convento dos Brunos, ao Salitre/Lisboa). A reforma do ensino operada em 1886 viria a criar neste mesmo Instituto o curso separado de medicina veterinária, que em 1910 e no mesmo local, em paralelo com o “Instituto de Agronomia”, criava a “Escola de Medicina Veterinária”. Foi com a 1ª República, em 1918, que a “Escola de Medicina Veterinária” passou a chamar-se “Escola Superior de Medicina Veterinária”, conferindo aos seus alunos o grau de doutor em medicina veterinária. Em 1930, já debaixo da tutela do Estado-Novo, foi criada a “Universidade Técnica de Lisboa”, que englobava a “Escola Superior de Medicina Veterinária”, o “Instituto Superior de Agronomia”, o “Instituto Superior Técnico” e o “Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras”. Com a aprovação dos estatutos da “Universidade Técnica de Lisboa”, ocorrida em Agosto de 1989, a “Escola Superior de Medicina Veterinária” passou a chamar-se “Faculdade de Medicina Veterinária” da Universidade de Lisboa, actualmente a funcionar no Polo Universitário do Alto da Ajuda. Hoje, somando as públicas com as privadas, são 9 as universidades portuguesas que ministram cursos superiores de medicina veterinária.
Durante a maior parte do Séc.XX, os veterinários portugueses fizeram jus ao constante no alvará régio miguelista de 1830, acerca da necessidade de uma escola veterinária: “…E convindo igualmente que estes conhecimentos se generalizem para utilidade pública na conservação e criação de toda a espécie de gado cavalar, vacum e lanígero”. E fizeram-no quase em exclusivo até aos anos 60, porque os dedicados aos pequenos animais eram poucos e a maioria deles tinha os seus consultórios nas grandes cidades, já que o País era pobre e não se coadunava com “cães de luxo”. Conhecemos vários veterinários na província que se sentiam ofendidos se alguém lhes levasse um cão para ser consultado e outros que pouco mais faziam do que eutanasiá-los (alguns ainda andam por cá, agora a rondar os 70 anos de idade). Este afastamento médico-veterinário dos pequenos animais, justificado por razões económicas, nada beneficiou a canicultura nacional e muito menos subsidiou a cinotecnia. Na década de 60, já com cães nas forças armadas e militarizadas, aos veterinários urbanos vieram juntar-se os militares na assistência aos cães civis. Nos anos 70, o número de veterinários dedicados aos pequenos animais começou a aumentar, graças à fuga das populações prás cidades, a uma ligeira melhoria das condições de vida das pessoas e ao consequente aumento de animais de estimação. Na décadas de 80 e 90 explode o número de clínicas veterinárias e começam a aparecer os primeiros etólogos nacionais. Chegados ao novo milénio, cresce o número de veterinários desempregados, o número de doutoramentos e as dificuldades em exercer a profissão, porque é cada vez menos rentável face à crise económica e ao número excedentário de clínicos, o que veio a ter como consequência a estabilização do número de consultórios e o aumento dos hospitais veterinários (veterinários a trabalhar para outros).
 O fraco apoio dado pela veterinária à canicultura nacional e vice-versa, assim como a quase inexistência de uma cinotecnia civil nos 3 primeiros quartéis do Séc.XX português, motivados pelo atraso e isolamento culturais do País, sustentado numa agricultura milenar, a quem a extrema pobreza não foi alheia (estamos há tanto tempo acostumados à pobreza, que não damos conta do quanto somos pobres), acabou por projectar os tratadores militares na sociedade civil, valendo-lhe face ao aumento generalizado do número de cães. A época de ouro desta gente irá acontecer nos anos 80, porque não havendo outro tipo de adestradores disponível, eram por demais solicitados e a sua competência reconhecida. Ademais, exceptuando as exposições de beleza, não havia ao tempo mais nenhuma competição canina regular que justificasse outro tipo de ensino, o que aumentava a sua procura pela decorrência natural do cão de guerra e policial para o de guarda, apesar do grosso dos clientes requerer somente a obediência dos seus cães, como ainda hoje sucede. Entretanto, os futuros adestradores civis iam digerindo os pequenos livros distribuídos pelas editoras “Tempos Livres” e “Renascença”, que pouco a pouco os despertavam para a multivariedade dos serviços caninos.
Na década de 90 tudo mudou e a cinotecnia nacional alcançou um desenvolvimento nunca visto, mercê do dinheiro fácil, da melhoria generalizada das condições de vida dos portugueses, da compra da 2º habitação, da vulgarização dos computadores, do aumento da escolaridade, de maior intercâmbio cultural e da transferência do mundo rural para a prestação de serviços, tudo reflexo da nossa adesão à CEE, que aconteceu a 12 de Junho de 1985. Por todo o lado começaram a surgir escolas caninas e novas modalidades de ensino, os tratadores militares profissionais cederam lugar aos treinadores civis amadores e passaram a existir campeonatos regulares das mais distintas provas desportivas caninas. Paralelamente, a canicultura portuguesa viu aumentar brutalmente o número dos seus criadores e as clínicas veterinárias dedicadas aos animais de companhia sucediam-se umas às outras, assistindo-se a uma importação de cães nunca vista e ao aumento das marcas de ração estrangeiras, que tanto subsidiavam clínicas veterinárias como escolas caninas, no intuito de se instalarem no mercado, dando em simultâneo generosas margens de lucro a criadores, revendedores e retalhistas. Na mesma altura aconteceu o boom dos hotéis caninos e os mais variados serviços de pet sitting (inclusive funerais).
Num abrir e fechar de olhos, muitos praticantes das modalidades desportivas caninas tornaram-se adestradores, mercê do mérito do seus cães ou da sua aprovação como figurantes nas diferentes modalidades de guarda desportiva, razões pelas quais a actual cinotécnica portuguesa tem um cariz essencialmente amador, mais desportivo que utilitário e dado à má-língua (salve-se quem puder!). Começaram a chover treinadores formados aos fins-de-semana e por correspondência, os primeiros certificados por cursos baseados em filmes, apresentações e apostilas sintéticas e os últimos por quem pouco ou nada lhes acrescentou. Lembrando o que se passa na columbofilia, muitos treinadores amadores formaram outros a troco de “cursos” bastante dispendiosos, independentemente da sua experiência e qualidade prestativa. Entretanto, a GNR actualizou-se e capacitou os seus binómios para um conjunto de serviços de utilidade pública (é possível que a PSP tenha seguido o mesmo caminho), pondo assim a sua cinotecnia ao serviço da população, esforço que se louva. Infelizmente, pelo que temos observado repetidas vezes, falta obediência aos cães, traquejo e sentido policial aos seus condutores, quando constituídos em binómios de patrulha ou como parte de forças em parada. Também algumas corporações de bombeiros passaram a ter cães de resgate e salvamento, uns formados cá e outros em Espanha. Com a abertura do “Espaço Schengen”, treinadores profissionais e amadores doutros países europeus têm vindo a Portugal ministrar cursos e trocar experiências.
Chegados ao Novo Milénio e confrontados com a crise económica que se abateu sobre o País, que começou um pouco antes da crise geral de 2008 e que nos deixou sem alternativa à austeridade que tanto criticamos, deparamo-nos com uma cinotecnia civil maioritariamente amadora e vocacionada para as modalidades desportivas, mais alicerçada no Border Collie e no Malinois, raças que certamente marcarão este século como o Pastor Alemão marcou o anterior. As escolas caninas têm agora menor frequência que nos anos 90 e continuam mal apetrechadas de obstáculos e aparelhos musculadores para os cães. A formação dos adestradores é cada vez mais ligeira e o geral dos proprietários caninos julga-se capaz de educar os seus cães, sem maiores conselhos ou ajudas, valendo-se somente da internet, de um bola ou brinquedo (por vezes das actuações televisivas do Cesar Milan). O ensino dos cães para terapia é pouco significativo e os destinados ao resgate e salvamento, tanto terrestre como marítimo, são quase na totalidade pertença das diferentes polícias. O princípio deste milénio marcou uma viragem na preferência dos cães, que passaram a ser escolhidos pelo seu tamanho e consumo, sobrando aqui toda a casta de cães miniatura, porque são mais económicos e geralmente não dão problemas, o que os afasta também dos bons ofícios da cinotecnia. Como sempre, não estamos a produzir novidade e continuamos a aguardar a erudição vinda da estranja.

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