Nem sempre o provérbio popular que
diz: “quem vê caras, não vê corações” se pode aplicar aos cães, porque muitos
carregam no seu olhar a índole que transportam e a garra que os acompanha. Como
é sabido e é típico dos predadores, os cães preferem observar do que ser
observados. Os mais instáveis, diante da fixação dum estranho, tendem a desviar
o olhar e a adquirir expressões mímicas de desconfiança ou do temor, podendo pôr-se
em fuga perante a insistência na fixação. Já os valentes não admitem que olhem
para eles demoradamente e podem atacar sem aviso ou ameaça, partir
imediatamente da fixação para o ataque. Estes não desviam o olhar e mantêm
também eles a fixação, esperando por um gesto brusco, uma desatenção ou uma
saída apressada. Para além disto, a espera que gera a sua imobilidade, leva-os
a apresentar uma mímica que denuncia as suas intenções (orelhas para a frente,
na 1ª posição se forem erectas, e a cauda imóvel abaixo da linha do dorso). Por
norma, os cães de guarda ou os preparados para esse fim, detestam que os fixem
e apenas admitem aos donos que o façam. Quando intentar fazer festas a um cão,
porque não sabe o que irá ter pela frente, por prevenção, mesmo que o dono diga
que é inofensivo, não o fixe demasiado nos olhos e oriente-se pela visão
periférica.
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
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