terça-feira, 17 de maio de 2011

NOTA DO EDITOR

Vários leitores chamaram-nos à atenção sobre a notícia que demos sobre o falecimento do nosso aluno Carlos Alberto Peçegueiro Veríssimo, nomeadamente acerca do modo como escrevemos o seu primeiro nome de família, julgando encontrar ali um erro a necessitar de correcção. Esclarece-se que, apesar desse apelido se escrever Pessegueiro e de ser essa a grafia que consta nos documentos oficiais do defunto, toda a sua ascendência uterina tinha como nome de família “Peçegueiro”, o que aponta para uma etimologia diferente e reclama outra origem. Graças a isso, o Carlos adquiriu carinhosamente a alcunha escolar de “Rapesch”, numa transliteração dum substantivo semita muito comum no Alentejo, Estremadura e Ribatejo, em tempos idos e anteriores à nacionalidade, que nada tem a ver com pêssegos ou com a árvore que os produz, mas sim oriunda doutra tradição oral. O apelido “Peçegueiro” cruzou o mar e chegou ao Brasil, identifica uma etnia específica entre os portugueses e esteve no passado associado a gente poderosa. Deliberadamente e conhecedores do carinho que o Carlos nutria pela mãe, na hora da despedida, associámos ao homem o nome da sua família materna. Por outro lado e antes que nos acusem de algum proselitismo, adiantamos que o companheiro agora desaparecido era familiar de um dos pastorinhos de Fátima. Agradecemos ainda o cuidado que os nossos leitores têm com as nossas publicações, porque são nossos destinatários e para eles trabalhamos. Bem hajam, Insha’Allah assim continuem. Em sua representação e dos que estiveram ausentes, a classe escolar, capitaneada pelo Monitor Tiago Soares, fez-se presente no velório, apresentando-se com as tradicionais t-shirts negras da Acendura e depositando outra aos pés do defunto, indivíduo que connosco dividiu a última década da sua vida e que merecia muito mais do que a coroa de flores com que foi homenageado. Connosco conduziu os seguintes CPA’S: Toureiro, Luna e Tote, demonstrando um alto espírito colectivo, graciosidade técnica e absoluto controlo sobre os cães que ensinou.

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