A frase
que inicia este artigo é da autoria da filha de um casal, já adulta, que
desconcertada com o possível destino do cão familiar, reagiu assim perante a
eminência do animal ser descartado, uma ameaça que rasa o desespero e que
provavelmente não passará disso. Acontece que a sua mãe, por razões que
desconhecemos mas que julgamos ser de pouca monta, apesar do apego do marido ao
animal, intenta livrar-se do cão, um Pastor Alemão jovem, preto-afogueado,
muito carinhoso, confinado em espaço próprio e a ser ensinado por uma
adestradora. Infelizmente, sabemos pela experiência que o destino do cão já se
encontra traçado (talvez a sua má sina tenha começado no dia em que entrou
naquela casa), porque não havendo unanimidade familiar para a adopção de um
cão, dificilmente o animal ali permanecerá por muito tempo. Episódios destes
repetem-se todos os dias, ano após ano, rosário de penas que mais agiganta os
dramas caninos. Oxalá o cão vá parar a boas mãos, não sofra com a transferência
forçada e encontre quem verdadeiramente goste dele, o que nem sempre acontece,
acabando alguns abandonados, esterilizados ou aniquilados por qualquer
incómodo. Se pretender adquirir um cão para a sua família, consulte-a primeiro,
veja se estão todos de acordo, pese as alterações a que irá obrigar e
transmita-as a todos, para que a novidade não se transforme em desastre e o
animal possa vir a ser feliz. A aquisição de um cão carece de ser um projecto
familiar e quando o não é, melhor será desistir da ideia e deixar os cães onde
estão!
sábado, 28 de junho de 2014
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