sábado, 28 de junho de 2014

SE O CÃO SAIR, EU SAIO ATRÁS DELE!

A frase que inicia este artigo é da autoria da filha de um casal, já adulta, que desconcertada com o possível destino do cão familiar, reagiu assim perante a eminência do animal ser descartado, uma ameaça que rasa o desespero e que provavelmente não passará disso. Acontece que a sua mãe, por razões que desconhecemos mas que julgamos ser de pouca monta, apesar do apego do marido ao animal, intenta livrar-se do cão, um Pastor Alemão jovem, preto-afogueado, muito carinhoso, confinado em espaço próprio e a ser ensinado por uma adestradora. Infelizmente, sabemos pela experiência que o destino do cão já se encontra traçado (talvez a sua má sina tenha começado no dia em que entrou naquela casa), porque não havendo unanimidade familiar para a adopção de um cão, dificilmente o animal ali permanecerá por muito tempo. Episódios destes repetem-se todos os dias, ano após ano, rosário de penas que mais agiganta os dramas caninos. Oxalá o cão vá parar a boas mãos, não sofra com a transferência forçada e encontre quem verdadeiramente goste dele, o que nem sempre acontece, acabando alguns abandonados, esterilizados ou aniquilados por qualquer incómodo. Se pretender adquirir um cão para a sua família, consulte-a primeiro, veja se estão todos de acordo, pese as alterações a que irá obrigar e transmita-as a todos, para que a novidade não se transforme em desastre e o animal possa vir a ser feliz. A aquisição de um cão carece de ser um projecto familiar e quando o não é, melhor será desistir da ideia e deixar os cães onde estão!

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