quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

O MANGALARGA E O PASTOR ALEMÃO

Sem ofensa, dos muitos cavalos que há no Brasil, eu prefiro o Cavalo Crioulo, as gentes e o mundo à sua volta, o pique do animal e a sua versatilidade, o garbo e a raça dos gaúchos que o criaram, talvez porque não queira entregar a vida aos pontos ou porque o avançar dos anos é pródigo em nos fazer sonhar. Abandonando as preferências e enverando pelos factos, sendo possível a comparação, o Mangalarga está para os cavalos como o Pastor Alemão está para os cães, enquanto trotadores e criados para melhor servir. A biomecânica de ambos aproxima-os e a elegância de andamentos é-lhes também comum, para além da nobreza que dispensa qualquer tipo de publicidade. Por isso não é de estranhar, para quem gosta de cavalos e adora cães, acabar proprietário ou criador dos dois, apesar dum ser genuínamente brasileiro e outro inequívocamente germânico.

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