segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Porque instamos com o condutor errado?

Já há muito que conhecemos a “Oração da Serenidade”, que sabemos que apenas nos podemos zangar com os amigos e que há gente com dificuldades cognitivas inatas. Não obstante, continuamos a insistir junto dos condutores menos aptos, para além da origem das suas incapacidades e face ao insucesso escolar. A impropriedade da liderança é uma pandemia multi-factorial, da responsabilidade humana, resultante de lacunas que vão desde a selecção até ao adestramento propriamente dito. Graças à doutrina do “facilitismo” contemporâneo e ao consequente nivelamento por baixo, também para garantir proventos, atribui-se agora aos cães aquilo que os donos não conseguem abraçar. Num ápice, independentemente do seu sexo, todos os animais passaram a ser menstruados, a “ter dias”. Quando ouvimos isto, não resistimos e acabamos por contar a história da Burra de Balaão.

Como o adestramento é um processo pedagógico operado por substituição, baseado na acção da liderança e alicerçado na mensagem apreensível, a quem suscitaremos mudança de procedimentos? Instamos com os condutores impróprios por causa dos cães, vítimas do infortúnio e à espera de melhores dias. Nos cães existem dois caminhos para a memória associativa: um através da memória afectiva e outro possibilitado pela memória mecânica. Se os cães chegam lá, mais depressa lá chegarão os donos. Continuamos a acreditar nisto, apesar de persistirem algumas excepções.

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