O comando de “quieto”, que alguns substituem por “fica”na tradução do verbo inglês “stay”, é um automatismo de imobilização que funciona como trinco dos demais (alto, senta, deita e morto). Assim, a sua instalação só deve acontecer depois daqueles que garante. No nosso caso, discípulos do método da precocidade preconizado por Trumler, temos por hábito ministrá-lo aos cachorros de 4 meses de idade, de modo progressivo e segundo as características e finalidades dos indivíduos. No entanto, na presença de submissos, relegaremos para mais tarde essa instalação, considerando os seus mecanismos de autodefesa e o desenvolvimento do seu sentimento territorial, porque não adianta travar quem geralmente não se mexe! O excessivo travamento que a obediência abusiva oferece, deve ser banido das fases iniciais do adestramento (1º e 2º Ciclos), cedendo lugar à ginástica, para que o desencanto não grasse e o cão abomine o treino.
Quando o desrespeito pelos princípios da pedagogia geral de ensino é por demais evidente, qualquer método é violento, porque ignora o individuo, despreza a sua capacidade e rendimento, coloca a rotura no lugar da adaptação, esquece o princípio da reversibilidade, desaproveita os momentos de supercompensação, atenta contra a sistematização laboral, ofende a relação óptima entre a preparação especial e geral, causa obstáculo à actividade apreensível canina e estabelece rotinas alheias ao seu bom desempenho. Como não queremos nada disso, adiantamos seguidamente as várias etapas para a fixação do comando de “quieto”:
Inicialmente, a sua instalação deve acontecer de modo isolado e distante dos demais binómios em treino, para que nada distraia, provoque ou intimide o instruendo, garantindo em simultâneo, a fixação exclusiva na pessoa do condutor Só depois do comando passar a automatismo é que se pedirá o seu desempenho entre o colectivo.
1. O condicionamento começa por ser frontal, com o condutor na frente do cão e a escassos centímetros de distância, tirado a partir de uma figura de imobilização, pelo concurso de algum obstáculo ou pelo recurso à recompensa. O trabalho deve ser sistemático para garantir a rotina.
2. Depois da imobilização frontal ter sido alcançada, é chegada a hora de a transformar em lateral, com o cão ao lado dono, alinhado e aguardando ordens. Para operar a celeridade da adaptação, convém que este desempenho seja feito mais próximo dos demais binómios em movimento. Em qualquer etapa se evolui da trela para a liberdade.
3. O bom aproveitamento nas etapas anteriores garante a seguinte: a deslocação circular do condutor ao redor do cão. Este afastamento circular deve ser progressivo e procurar o aumento do raio. Caso o cão se levante, que tanto pode acontecer na partida como na passagem pela sua retaguarda, deve de imediato ser colocado no mesmo lugar e debaixo da mesma figura de obediência. Os cães manhosos apresentam a tendência para ganhar terreno, exactamente como os futebolistas nos lançamentos de linha lateral.
4. Da deslocação circular ao redor do cão passaremos para a evolução no círculo de 36 m, distanciando-nos apenas nas suas duas metades (linhas da passerelle e da paliçada). Convém que nesta evolução o dono fique oculto por alguns instantes, condição que é garantida pela barreira dos obstáculos.
5. Perante a resposta positiva, usaremos o círculo de 36 m em toda a sua extensão, imobilizando o cão nos diferentes locais que o seu perímetro oferece. Evoluiremos de uma volta simples para mais voltas. Jamais deveremos começar este trabalho junto das áreas de descanso ou supercompensação, porque o animal não hesitará em refugiar-se nelas. No momento do reencontro, ao aproximar-se do cão, o condutor deve manter a visão periférica e não olhar directamente para o animal, porque ele pode entender isso como um convite para se levantar, perante a chegada do dono. Também neste momento, é preciso ter cuidado os cães submissos, porque a insistência no comando pode obrigá-los à transição da figura inicial para a imediatamente a seguir (do “alto” para o “senta” ou do “senta” para o “deita”). Mais vale dizer “bonito” do que invalidar a figura inicial.
6. A imobilização garantida pelo “quieto” deve evoluir do “deita” (imobilização mais segura) para o “senta” e deste para o “alto”, de acordo com os resultados alcançados.
7. A frequência dos comandos começa por ser de 3 em 3 m, depois de 6 em 6, de 12 em 12 e finalmente de 18 em 18. Depois uma vez basta. Só os cães mais agressivos ou medrosos necessitarão do contributo do “não”, que deve ser dito como advertência, antes do automatismo requerido. Se procedermos ao contrário, perdemos a antecipação que impede o disparate e relegamos para mais tarde a fixação do “quieto”.
8. Ao bom desempenho escolar e à recapitulação doméstica, segue-se o uso em sociedade, nas situações mais variadas onde o comando se torna imprescindível.
Um cão bem condicionado no “quieto” aguenta a figura por 2 horas, com o dono ausente e para além das condições que encontre. O treino continuado tende a perpetuar a imobilização. Lembro aqui o caso do Zucker, ascendente do cachorro lobeiro, propriedade do Roberto Mariano, que esquecido num café, ali permaneceu por 4 horas, debaixo de um lavatório e sem se importar. Ainda parece que oiço o Zé Ribeiro ao telefone: “Ó Sr. João, está aqui no Café um Pastor Alemão muito grande, com cara de poucos amigos, e como está debaixo do lavatório, ninguém pode ir lavar as mãos! O bicho não será seu? Agradecia que o viesse buscar!”
Quando o desrespeito pelos princípios da pedagogia geral de ensino é por demais evidente, qualquer método é violento, porque ignora o individuo, despreza a sua capacidade e rendimento, coloca a rotura no lugar da adaptação, esquece o princípio da reversibilidade, desaproveita os momentos de supercompensação, atenta contra a sistematização laboral, ofende a relação óptima entre a preparação especial e geral, causa obstáculo à actividade apreensível canina e estabelece rotinas alheias ao seu bom desempenho. Como não queremos nada disso, adiantamos seguidamente as várias etapas para a fixação do comando de “quieto”:
Inicialmente, a sua instalação deve acontecer de modo isolado e distante dos demais binómios em treino, para que nada distraia, provoque ou intimide o instruendo, garantindo em simultâneo, a fixação exclusiva na pessoa do condutor Só depois do comando passar a automatismo é que se pedirá o seu desempenho entre o colectivo.
1. O condicionamento começa por ser frontal, com o condutor na frente do cão e a escassos centímetros de distância, tirado a partir de uma figura de imobilização, pelo concurso de algum obstáculo ou pelo recurso à recompensa. O trabalho deve ser sistemático para garantir a rotina.
2. Depois da imobilização frontal ter sido alcançada, é chegada a hora de a transformar em lateral, com o cão ao lado dono, alinhado e aguardando ordens. Para operar a celeridade da adaptação, convém que este desempenho seja feito mais próximo dos demais binómios em movimento. Em qualquer etapa se evolui da trela para a liberdade.
3. O bom aproveitamento nas etapas anteriores garante a seguinte: a deslocação circular do condutor ao redor do cão. Este afastamento circular deve ser progressivo e procurar o aumento do raio. Caso o cão se levante, que tanto pode acontecer na partida como na passagem pela sua retaguarda, deve de imediato ser colocado no mesmo lugar e debaixo da mesma figura de obediência. Os cães manhosos apresentam a tendência para ganhar terreno, exactamente como os futebolistas nos lançamentos de linha lateral.
4. Da deslocação circular ao redor do cão passaremos para a evolução no círculo de 36 m, distanciando-nos apenas nas suas duas metades (linhas da passerelle e da paliçada). Convém que nesta evolução o dono fique oculto por alguns instantes, condição que é garantida pela barreira dos obstáculos.
5. Perante a resposta positiva, usaremos o círculo de 36 m em toda a sua extensão, imobilizando o cão nos diferentes locais que o seu perímetro oferece. Evoluiremos de uma volta simples para mais voltas. Jamais deveremos começar este trabalho junto das áreas de descanso ou supercompensação, porque o animal não hesitará em refugiar-se nelas. No momento do reencontro, ao aproximar-se do cão, o condutor deve manter a visão periférica e não olhar directamente para o animal, porque ele pode entender isso como um convite para se levantar, perante a chegada do dono. Também neste momento, é preciso ter cuidado os cães submissos, porque a insistência no comando pode obrigá-los à transição da figura inicial para a imediatamente a seguir (do “alto” para o “senta” ou do “senta” para o “deita”). Mais vale dizer “bonito” do que invalidar a figura inicial.
6. A imobilização garantida pelo “quieto” deve evoluir do “deita” (imobilização mais segura) para o “senta” e deste para o “alto”, de acordo com os resultados alcançados.
7. A frequência dos comandos começa por ser de 3 em 3 m, depois de 6 em 6, de 12 em 12 e finalmente de 18 em 18. Depois uma vez basta. Só os cães mais agressivos ou medrosos necessitarão do contributo do “não”, que deve ser dito como advertência, antes do automatismo requerido. Se procedermos ao contrário, perdemos a antecipação que impede o disparate e relegamos para mais tarde a fixação do “quieto”.
8. Ao bom desempenho escolar e à recapitulação doméstica, segue-se o uso em sociedade, nas situações mais variadas onde o comando se torna imprescindível.
Um cão bem condicionado no “quieto” aguenta a figura por 2 horas, com o dono ausente e para além das condições que encontre. O treino continuado tende a perpetuar a imobilização. Lembro aqui o caso do Zucker, ascendente do cachorro lobeiro, propriedade do Roberto Mariano, que esquecido num café, ali permaneceu por 4 horas, debaixo de um lavatório e sem se importar. Ainda parece que oiço o Zé Ribeiro ao telefone: “Ó Sr. João, está aqui no Café um Pastor Alemão muito grande, com cara de poucos amigos, e como está debaixo do lavatório, ninguém pode ir lavar as mãos! O bicho não será seu? Agradecia que o viesse buscar!”
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