A manga exerce um autêntico fascínio
nos cães e eles sempre esperam que ela surja nalgum momento do treino,
mantendo-se alerta e aguardando pela sua apresentação. Os mais jovens deliram
com os ataques simulados e robustecem desse modo o apego binomial, sedentos de
mostrar serviço e ávidos pela captura. Sem qualquer preparação, cada foto é de
rara beleza e o mito sempre renasce quando o binómio vai adiante.
Nada é mais fácil e ao mesmo tempo tão
difícil com ensinar a disciplina de guarda, porque os cães nasceram para vencer
e necessitam de ser refreados, são predadores e não podem agir por modo
próprio, necessitam de conhecer os seus inimigos para não serem surpreendidos,
de identificar os que carecem da sua protecção e tolerar todos aqueles que não
se constituem em ameça para si, para o seu dono e património comum. Qualquer
anjo da guarda transforma-se no pior dos demónios quando deixa de obedecer ao
seu líder e age para além da sua ordem. O suporte da guarda é a obediência e os
ataques cirúrgicos resultam dela, assim como a sua cessação e oportunidade. O
bom cão de guarda, apesar de provocado, fixa primeiro os olhos no dono e só
depois no alvo que lhe for indicado. Assim foi e assim deverá continuar, em
prol do cão, do dono e de todos aqueles que com ele se cruzam.
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