Agora que a hibridação parece ter vindo para ficar, muito se tem falado sobre uma nova tendência, a do cruzamento do Pastor Alemão com o Malinois, bastardia que muitos julgam excelente e outros miraculosa, a despeito das raças e em prol de pretensos benefícios, como se o alemão precisasse de maior inquietude e o belga de mais juízo, o primeiro de maior instinto e o segundo de melhor personalidade. Ainda não sabemos se a ideia terá muitos adeptos ou se fica pelo desejo, porque o mundo é feito de mudança e altera-se a olhos vistos. A incontestada supremacia laboral dos lupinos dentro da canicultura levou muitos países à formação de um cão nacional com essas características. Assim nasceram os Pastores Holandeses, o Lobo Checo, o Lobo Italiano, O Pastor de Shiloh, entre tantos outros. Agora que em Portugal a investigação científica começa a dar mostras da sua credibilidade, havendo por cá excelentes genetistas ou geneticistas, etólogos desempregados e treinadores credíveis, porque não construir o 1º lupino português? A raça nacional mais próxima deste grupo somático é o Cão de Castro Laboreiro, um lupóide amastinado, mais mastim e menos lupóide à medida que o tempo passa. No passado recente alguém tentou fazê-lo, lançando mão do Pastor Alemão e do Podengo Gigante, o projecto não passou da fase embrionária, foi inconclusivo e bem depressa foi abandonado, porque foi feito às expensas de um canil e sem qualquer subsídio. Sabemos como fazer e temos gente para isso, não nos falta mercado interno e podemos chegar à exportação, O que será melhor para todos: andar constantemente a comprar ou ter algo valioso para vender? Este é um desafio para os novos canicultores, a canicultura nacional agradece e o País só tem a ganhar com isso. Continuaremos eternamente a andar com cães alheios?
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