A meta procurada foi a de compreender para aplicar (compreender o particular de cada cão e agir de acordo com as suas características e necessidades), enfatizando o bem-estar canino face às expectativas ou finalidades procuradas. O assunto parece gasto, mas alguns erros teimam em se ir embora, porque resultam de valores culturais, dificuldades sócio-económicas e da tacanhez de alguns donos e condutores, que encarcerados no passado, obstam a novidade de vida dos seus cães, criando obstáculos à sua felicidade e desprezando a mais-valia canina. Estar na Escola envolve uma mudança de atitude, um renascer para a comunicação inter-espécies. Foi esse o objectivo da aula teórica.
A aula prática remeteu-se ao perímetro exterior para os cães adultos e ao extensor de solo para os cachorros. O perímetro exterior é um conjunto de obstáculos naturais, dispostos de modo gradativo ao longo do limite exterior da Pista Táctica, que visa a manutenção e o aquecimento dos cães. Dele constam obstáculos verticais, elevadores e tipo alvo, para além de alguns aparelhos correctores. Sempre que numa Pista Táctica, o extensor de solo não evidencia marcas de uso, isso significa que os cachorros da classe são convexos, bem aprumados, medianamente angulados e isentos de pernaltismo. Os filhos da Pipa (Abu e Ricky), são muitos angulados, iguais à sua progenitora, apresentando aos 120 dias “jarrete de vaca” (apoio traseiro em “X”, caracterizado pelo encosto dos curvilhões e afastamento dos pés). O fenómeno deve-se ao facto de serem muitos angulados e queremos que depressa desapareça. O Jürgen é pouco angulado de traseira, mais alto de garupa e de precária extensão posterior, apresenta tendência para selar e eixos típicos de galopador. O Extensor de Solo é um corrector de aprumos por excelência, um indutor da marcha e um aparelho terapeuta, quando usado de modo sistemático e de acordo com a faixa etária dos cachorros. Os seus benefícios são maiores, quase absolutos, quando usado na fase plástica dos infantes (entre os 4 e os 6 meses de idade). Ali andaram os cachorros e as melhorias são visíveis. Pequenos passos que levam a vôos mais altos.
A Elisabete Lopes está a agregar-se ao grupo, caiu entre nós de pára-quedas, a adaptação tem acontecido e todos a apadrinham. Como qualquer jovem, ela desinteressa-se das rotinas, abomina os procedimentos e resiste à autoridade. Dela são as palavras: “Eu detesto ser mandada”. No Sábado conduziu a Rosita e no Domingo a Isis. A tarefa foi-lhe facilitada pela disponibilidade das cadelas, que laborando pelo fim terapêutico, regraram quem as conduziu.
O Rui Santos, monitor da nossa Escola, tem participado nos trabalhos, mostrando a boa vontade de sempre e o seu esforço em prol dos outros. Continuará assim até regressar a Angola.
O Francisco Domingos Abrunheira, vulgo Xico do Pongo, não tem comparecido com assiduidade rotineira, mercê das suas múltiplas tarefas e obrigações paternais.
Adorei o fim de semana, e apesar de, tal como disse "detestar ser mandada", sei que é para o meu bem, estimulando o meu desenvolvimento enquanto pessoa lutadora e defensora das minhas ideias e convicções, moldando assim a minha personalidade tendo em conta a sociedade na qual estou inserida. Como tal, agradeço, sem dúvida, ao Sr. João pela paciência e pelos "gritos". Não é de mais repetir que o admiro muito, tanto pela pessoa que é como pela experiência de vida que tem, baseando-se nela para o desenvolvimento e instrução quer dos cães quer dos seus donos. Obrigado ao Sr. João Garrido e a todas as excelentes pessoas que conheci e que me aconselharam.
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