quinta-feira, 7 de julho de 2011

OLHOS VIDRADOS, BOCA ABERTA, ESTENDIDO E COM UMA POÇA DE SANGUE À SUA VOLTA

Algumas ruas deveriam chamar-se “dos cães mortos”, porque nelas sempre vêem cães atropelados, de olhos vidrados, boca aberta, estendidos e com uma poça de sangue à sua volta, permanecendo à beira das estradas por alguns dias, com a carcaça descolorada, a língua a deteriorar-se, os olhos baços, carregados de moscas e exalando um cheiro nauseabundo. Como nem todos aguentam a imagem, muitos viram a cara para o lado e tentam distrair-se pensando noutras coisas, muito poucos os levantarão e lhes darão descaminho, nem que seja até ao contentor do lixo mais próximo. A infelicidade não escolhe raça, cor, tamanho, sexo ou idade, nem todos os assim abatidos foram vadios e muitos deles foram amados, tiveram uma casa, uma família e um dono. Destes, não menos importantes que os outros, a causa do infortúnio resultou-lhes da fuga, da irresponsabilidade dos donos e da sua falta de preparo, gente pouco ou nada precavida, que entregou e continua a entregar a vida dos seus companheiros à sorte – à má sorte! Apesar do terrível desfecho, amiúde e um pouco por toda a parte, vêem-se donos a soltar cães em parques e jardins ao longo de estradas muito movimentadas, sem terem a certeza do seu retorno e sujeitando-os a um fim indesejável, quase certo e previsível, como se a insanidade não tivesse remédio, o perigo não espreitasse e a solução não fosse possível. Diante do desastre, importa dar combate à ignorância, salvar os cães e convidar todos os proprietários caninos para os bons ofícios da escola canina mais perto das suas residências, porque dela virá o auxílio e todas saberão certamente como resolver o problema. Até lá, se não tem como garantir o retorno pronto do seu cão, por favor não o solte e não ponha em risco a sua vida e a de outros. Importa diminuir a mortalidade canina nas estradas e você pode contribuir para isso, previna-se!

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