segunda-feira, 13 de julho de 2009

Sentimento colectivo para a edificação individual

Já não sei se li ou alguém me disse, que para fazer um clube bastam dois ingleses e que para o destruir dois portugueses bastam. Somos tendencialmente individualistas e sentimo-nos à parte dos demais, congregando-nos somente perante calamidades gerais. Grandes vultos na nossa história não hesitaram em considerar-nos um povo ingovernável, graças às nossas características e ao sectarismo presente em cada um de nós. A inveja trouxe-nos a Inquisição e os bufos nunca se encontraram em perigo de extinção, tal qual os maldizentes e os “deita abaixo”.
Na Acendura Brava privilegiamos o sentimento colectivo, damos igual tratamento a todos os condutores e somos adeptos de uma forte disciplina de grupo, colocando a nossa individualidade ao serviço dos demais. Mercê deste espírito fraterno, a permuta acontece: a erudição individual reforça o colectivo e cada um sai mais forte. O espírito de entreajuda é visível em todos os nossos trabalhos, não deixando ninguém para trás e procurando a parceria. À matilha espontânea escolar sucede a congregação dos condutores, gente apostada no mesmo objectivo: aprender para transmitir. Quanto mais coeso é o grupo, mais depressa se aprende. E depois, se não estivermos em paz uns com os outros, como poderemos sociabilizar os nossos cães?

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