Os comandos a instalar a um cão,
independentemente da linguagem utilizada e de se constituirem em código de
comunicação, são ordens directas e expressas que exigem o seu cumprimento
pronto e imediato. A repetição das ordens, invariavelmente, produz delongas
desnecessárias ou a cessação da ordem anteriormente dada. O fenómeno é mais
visível nos binómios menos aptos na disciplina de obediência e não é da
exclusiva responsabilidade dos cães. Por outro lado, as constantes repetições
dos condutores acabam por ser aproveitadas pelos animais, convidando-os à
desobediência mercê de uma liderança imprópria ou ineficaz. Contrariamente à
repetição de comandos, porque também nós enveredamos pelos automatismos
fornecidos pelas rotinas, o que deve suceder é o apego constante aos
procedimentos que possibilitam o cumprimento cabal das ordens, o que nos deverá
levar ao uso e recapitulação das figuras ou exercícios de obediência. O apego
aos procedimentos, justamente entendido como cumprimento dos protocolos, para
além de possibilitar e desenvolver a memória mecânica presente nos cães,
possibilita ainda outras formas de comunicação menos decifráveis para quem vê e
mais eficazes segundo o particular de cada situação. O condutor que se repete,
mal comparado como é evidente, lembra os tolos que julgam que por muito falarem
serão ouvidos.
quinta-feira, 19 de abril de 2012
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