terça-feira, 29 de novembro de 2011
ADEUS TARUNCAS, VER-NOS-EMOS? (HOMENAGEM TARDIA AO CÃO QUE A NÃO TEVE)
A MATILHA E A MARALHA: A NECESSIDADE DE LIDERANÇA
A matilha, enquanto modo de escalonamento social e meio de sobrevivência para o grupo, poderá servir de inspiração a uns tantos que naturalmente abominam ou ignoram a necessidade da liderança. Qualquer grupo animal, inclusive o humano e aqui de sobremaneira, carece de uma liderança autêntica e determinada para o alcance das metas e objectivos dos seus agregados, para que a desorganização não impere e os mais sãos propósitos caiam em saco roto. O grosso dos condutores na cinotecnia funciona também como agente de ensino sobre todos os cães em classe, influindo directamente no seu progresso ou retrocesso, porque constituirá parte integrante da experiência directa desses animais. Cabe à liderança, para além dos seus mais variados e múltiplos deveres, preservar a unidade do grupo em torno do seu objectivo maior: o adestramento, já que a disparidade de interesses leva ao sectarismo, ao desânimo, ao desinteresse e pode provocar nalguns o abandono das classes escolares pelo logro do processo pedagógico anteriormente anunciado. É de todo desejável que os condutores cinotécnicos possuam outros interesses em comum para além do desejo de ensinar cães, porque isso mantê-los-á unidos por mais tempo e facilitará o seu entrosamento. No entanto, convém que a globalidade dos interesses comuns não usurpe o tempo e a dedicação necessários ao adestramento, tornando-o desse modo um pretexto e não um fim. A matilha espontânea escolar exige um grupo coeso em torno do ensino canino e cabe à liderança zelar por isso, ainda que lhe apeteça ir pescar lulas a candeeiro ou serpentear os montes de parapente, exactamente como alguém disse: “ Conhaque é conhaque e serviço é serviço”. O QUE ENSINAR PRIMEIRO: O “JUNTO” OU O “AQUI”?
Diferentes escolas caninas optam por diferentes estratégias para alcançar o ensino dos cães e isso torna-se visível logo na escolha dos exercícios primários que cada uma delas adopta. Menosprezando as excepções, porque o manancial do engenho humano parece ser infindo, umas começam pelo “aqui” e outras pelo “junto” (ao lado), na explanação de duas filosofias: a de “sempre que te chamo, fazes-te presente” e a de “ sempre andarás ao meu lado”. Nenhum dos exercícios é na sua essência uma resposta natural por parte dos cães e nenhum deles irá ser alcançado gratuitamente, sobrando daí a necessidade do condicionamento, condicionamento esse que deverá ser cativo às leis ou princípios da pedagogia geral de ensino. Independentemente do exercício inicial proposto e mesmo a expensas do reforço positivo (mais-valia que ninguém deverá desprezar e que tende a contrabalançar a coerção de qualquer exercício e a suavizar todo e qualquer condicionamento), há que considerar o histórico global de cada animal, porque o adestramento não se caracteriza por um ensino à “tábua rasa”, já que se destina a indivíduos, alguns deles únicos e por isso mesmo dependentes de especial cuidado, considerando o seu bem-estar, aproveitamento e uso, submetendo-se estes dois últimos ao primeiro e à capacidade de resolução presente em cada cão. Assim, a opção pelo exercício inicial deverá sujeitar-se ao particular individual animal, às dificuldades a vencer e à sua solução ou resolução. O ROBUSTECIMENTO DO CARÁCTER CANINO É POSSÍVEL E OBRIGATÓRIO
O treino canino sempre deverá pressupor o robustecimento do carácter dos animais em classe e providenciar todo um conjunto de exercícios que sirvam esse propósito. Como normalmente os automatismos ou comandos de imobilização tendem a agravar as lacunas respeitantes ao carácter de alguns cães, especialmente se forem servidos a frio e sem o contributo do reforço positivo, convém dar maior ênfase na fase primária do treino aos subsídios ou automatismos de direcção, particularmente aqueles que suscitam dos animais maior autonomia e que contribuem para a sua auto-confiança. Nenhuma figura de obediência ou exercício são correctamente executados quando os cães teimam numa mímica que denota medo, incómodo, revolta, stress, suspeita ou desconfiança, porque a correcta instalação dos códigos isso exige e adestrar jamais será atabalhoar. Cabe a cada condutor atentar para a mímica do seu cão, saber interpretá-la e operar as necessárias compensações. Quando isto não se verificar, o adestrador ou monitor deverá alertar incessantemente os condutores em falta e convidá-los para o reparo que é devido aos cães, pois é tantas vezes condutor quantos condutores tiver em classe. Qualquer figura desnuda num cão o modo da sua obtenção e não deve evidenciar qualquer fragilidade de carácter, coisa que outros aproveitarão para fazer lograr o seu serviço ou comprometer a sua prestação. WAS IST LOS: CEE ODER LEBENSRAUM?
Dez mil criminosos (assassinos, pirómanos, violadores, beberrões, apóstatas e ladrões de toda a casta), tal é a estimativa mais fidedigna acerca do número dos bárbaros germânicos que atravessou os Pirinéus por ocasião da queda do Império Romano do Ocidente, naquilo que a nossa história registou como as invasões bárbaras, iniciaram assim a coabitação entre os Iberos, que fartos da exploração romana pouco ou nenhuma resistência lhes ofereceram, consentindo inclusive que os invasores se nobilitassem diante dos seus olhos e vivessem às suas expensas, cobrando impostos e nada fazendo à boa maneira romana! Graças às divisões entre eles, os Mouros foram convidados a vir para a Península e junto com os árabes acabaram por estabelecer o Al-Andalus, subjugando a maioria dos seus reinos até às Astúrias. Daí para cá, salvo honrosas excepções, da Alemanha não tem vindo grande coisa, tanto para nós como para os restantes europeus e demais povos do Mundo, uma vez que iniciou duas Guerras Mundiais, enveredou pelo genocídio e levou ao extremo a prática do eugenismo, sendo também responsável pela Guerra-fria, factura que acabou por ser paga pelos norte-americanos e europeus, colocando o planeta à beira de uma possível catástrofe nuclear. Apesar de tudo isto, a célebre frase “ Über alles, über alles in der Welt”, continua a fazer parte do seu hino e a ser cantada a pelos pulmões, como se nada tivesse acontecido e a fera tivesse sido, de uma vez por todas, finalmente amansada. Perante tal exortação, fratricida sem dúvida, urge perguntar: serão alguma vez este povo e os seus governantes capazes de entender valores universais como a fraternidade e a solidariedade? Que modelo de globalização preconizarão? Será aquele que defende a conquista dos territórios pertencentes às pessoas “menos desenvolvidas”?
Desde Friedrich Ratzel que a Alemanha não larga a ideia do “Espaço Vital” (Lebensraum) e vem tentando de todas as formas alcançá-lo, até porque a geografia continental da CEE lembra as fronteiras do outrora Sacro Império Romano Germânico e as actuais políticas económicas visam o seu engrandecimento em prejuízo dos países mediterrânicos, mais uma vez desleixados, tornados periféricos, condenados a uma confederação de segundo plano e por conseguinte a um menor desenvolvimento. Se nada de novo acontecer na CEE, a Sr.ª Merkel fará dançar de contentamento o Cabo de Braunau am Im na sua tumba, pois irá alcançar aquilo que ele nunca alcançou e que sempre desejou. Agora a Alemanha já não precisa de armamento, porque os magros orçamentos de estado impendem os mais fracos de se defenderem, colocando em risco a sua soberania, fustigados que andam pelo disparo dos juros e pelo fogo amigo da ajuda externa. Estamos no advento ou na presença da III Guerra Mundial, a guerra económica que se faz sentir um pouco por todo o Mundo, uma guerra mais cruel do que todas as outras que a antecederam. Se não houver resistência, brevemente a Sr.ª Merkel irá mandar nas contas dos estados membros e governará a Europa a seu bel-prazer desde Berlim, encargo que vai conquistando e que quer ver alargado. O mais do que eminente afundamento económico da Itália tem levado a França a agarrar-se desesperadamente à bainha das calças da Alemanha, denunciando um comportamento típico de protectorado que justamente receia o efeito dominó, porque por lá tout n’est pas parfait e nada disto aconteceria deste modo se a sacralização dos políticos não tivesse desde há muito acontecido.
Neste Portugal “que há-de cumprir-se”, profundamente metafísico e esperançado no Quinto Império, outrora orgulhosamente só e hoje pelos vistos mal acompanhado, há quem alvitre da necessidade de uma revolução, quem defenda uma austeridade atentatória ao desejável desenvolvimento e quem se conforme como é seu hábito, num trocadilho que nós entendemos melhor que ninguém: “ O fado é nosso e este é o nosso fado”. Agora que já não temos marinha mercante (breve perderemos a companhia aérea), que pouco ou nada pescamos e que abandonámos a agricultura, donde nos virá o socorro? Seremos capazes de fazer das tripas coração outra vez ou retornaremos à nossa condição de colónia inglesa? Mais uma vez a solução não partirá de nós, seguiremos as ideias de outros e acabaremos por adaptá-las à nossa realidade, porque assim tem sido e dificilmente acontecerá doutro modo. Só conseguiremos debelar a actual crise pela valorização do que é nacional e pelo contributo prà estagnação do mercado alemão. Tendo cada um na sua área estas preocupações, todos podemos alcançar estes objectivos, procurando sempre que possível o que é nosso e desprezando o que vem da Alemanha. E podemos começar também pelos cães, dando preferência aos criadores nacionais e também às raças que produzimos, comprando quando necessário acessórios provenientes de países em igual aperto ou sufoco. Portugal tem que cumprir-se! A Merkel responde perante os alemães e o superior interesse da Pátria congrega-nos prà sua defesa. quinta-feira, 3 de novembro de 2011
AND THE SUN SHONE AGAIN
GANAS Y OLÉ
CHAMPAGNE AU JARDIN
O HOMEM COM O NOME CERTO
ZENI DE ZEN: CONCENTRAÇÃO E PAZ INTERIOR
KALI: A MOSELRING RESGATADA
A IRREVERÊNCIA DO 11
DA FLANDRES PARA SERVIR
EVOLUÇÃO DOS ACESSÓRIOS ESCOLARES
E PORQUE HOJE É DOMINGO: HÁ JOGO DA BOLA!
DE MÃOS DADAS PARA O FUTURO
CARREGAR A NOSSA FILOSOFIA
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