Alguns
países já os têm, ouros tê-los-ão em breve e a Escócia acaba de recebê-los,
estamos a falar de cães detectores de produtos de origem animal, internacionalmente
designados por “PoAO” (Product of Animal Origin). Com o aval e financiamento do
governo escocês foi formado um esquadrão canino com esta especialidade para
reduzir o risco de doenças exóticas que chegam à Escócia. Homens e cães
passaram por um robusto programa de treino e de avaliação e estão agora a dar
início às suas missões nos aeroportos, portos e centros de encomendas de todo o
país.
Ao
farejar produtos de origem animal, estes cães poderão ajudar a prevenir a
introdução de doenças de animais exóticos em terras escocesas, como é o caso da
febre aftosa e da peste suína africana, doenças que não afectam os cães, mas
que atacam impiedosamente o gado bovino e suíno. Os números fornecidos pela
Border Force North mostram que em 2020 mais de uma tonelada de produtos de
origem animal foi apreendida em portos e aeroportos a pessoas que chegavam à
Escócia.
Este
investimento do governo escocês nos cães detectores de PoAO visa manter estável
e segura a sua economia rural (política agrícola), através da detecção de
produtos ilegais de origem animal (combate ao contrabando). Os dados fornecidos
pela Border Force North ajudam a determinar a origem do PoAO e a identificar em
que ocasiões as apreensões estão acima da média. As autoridades escocesas
mantêm estreita colaboração com faculdades e universidades para garantir que os
estudantes internacionais que estudam na Escócia fiquem cientes das regras
relativas à importação de PoAO.
Mairi Gougeon, secretário dos assuntos rurais, disse a propósito: “É importante que as pessoas se lembrem ao viajar, principalmente durante o período festivo, que não devem trazer carne ou produtos derivados de carne consigo quando retornam ao Reino Unido, pois podem transmitir doenças como a peste suína africana. “É vital manter o sector suíno do Reino Unido seguro e livre desta doença devastadora.” A directora assistente da Border Force Scotland Marie Craig, referindo-se ao importante trabalho destes cães, afirmou: “Os cães detectores da Border Force protegem o Reino Unido de mais de uma tonelada de produtos potencialmente nocivos que podem espalhar doenças a cada ano que passa.
A sua implantação nos nossos portos aumentará ainda mais a nossa capacidade de proteger o público de doenças exóticas importadas (preocupação com a saúde pública).” Cães assim treinados e testados fazem por cá falta para ajudarem a proteger as nossas políticas agro-pecuárias, como fazem falta cães capazes de detectar diamantes em bruto, o que até hoje não foi possível, apesar do seu excessivo contrabando e possível apoio a actividades subversivas e terroristas.
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