Num consultório veterinário, depois de ter mandado vacinar o seu Pastor Alemão com as vacinas anuais, a sua zelosa dona queixa-se ao clínico acerca da extraordinária preguiça do animal, que “quando quer ir passear, ao invés de carregar a trela, antes lhe traz as chaves do carro!”
sexta-feira, 30 de julho de 2021
RANKING SEMANAL DOS TEXTOS MAIS LIDOS
O
Ranking semanal dos textos mais lidos obedeceu à seguinte preferência:
1º
_ ACENDURA BRAVA AO SERVIÇO DA INCLUSÃO SOCIAL, editado em 13/06/2021
2º
_ FAÇA DO VERÃO UMA ESTAÇÃO SEGURA PARA O SEU CÃO, editado em 11/06/2021
3º
_ WASABI BEST IN SHOW, editado em 14/06/2021
4º
_ WASHOE COUNTY: VENDER CANECAS PARA VALER AOS K9 POLICIAIS, editado em
16/06/2021
5º
_ NÚMERO IRRISÓRIO E SIMULTANEAMENTE AVULTADO, editado em 15/06/2021
6º
_ TOP 10 SEMANAL DE LEITORES POR PAÍS, editado em 18/06/2021
7º
_ PIADA PARA O FIM-DE-SEMANA: PONTARIA DESAFINADA, editado em 11/06/2021
8º
_ IMPORTANTE ESTUDO LUXEMBURGUÊS, editado em 17/06/2021
9º
_ ACONTECEU LAMENTAVELMENTE EM BELIN, editado em 13/06/2021
10º _ PIADA PARA O FIM-DE-SEMANA: QUE SUSTO!, EDITADO EM 18/06/2021
TOP 10 SEMANAL DE LEITORES POR PAÍS
O
TOP 10 semanal de leitores por país ficou assim ordenado:
COLETES SALVA-VIDAS PARA OS CÃES
A
Acendura Brava, no actual curso de introdução ao salvamento dentro de água,
está a aconselhar a compra de coletes salva-vidas para todos os cães inscritos
nesta especialidade/utilidade canina, independentemente dos animais se
destinarem ao salvamento ou não.
Temos
entre nós excelentes resgatadores náuticos caninos, já capazes de rebocar uma
pessoa adulta em aflição e em vias de se afogar. Não nos faltam exímios
transportadores de bóias, cães cuja ausência de peso impede-os de outras
prestações dentro de água. O peso ideal para os cães salvadores oscila entre os
45 e os 55 kg, desde que não sejam obesos em demasia. Excepcionalmente, cães
entre os 37,5 e os 40 kg podem ter excelentes prestações nesta especialidade
assim como cães com um peso acima do atrás indicado.
A recorrência aos coletes salva-vidas visa facilitar a adaptação canina às mais diversas situações e garantir a sua salvaguarda. Por outro lado, o colete salva-vidas é um acessório imprescindível para os cães de salvamento dentro e água, porque pode evitar que os animais sucumbam no desempenho das suas missões de resgate. Depois de muito insistirmos em pôr os nossos cães a nadar irrepreensivelmente, estamos agora apostados em melhorar a sua técnica de mergulho. Adianta-se que um bom colete salva-vidas custa, através da Internet, entre 50 e 70 euros, muito embora os destinados aos cães especialistas sejam substancialmente mais caros.
quinta-feira, 29 de julho de 2021
OBEDIÊNCIA INCONDICIONAL: MITO OU POSSIBILIDADE
Como
introdução ao tema importa dizer que, enquanto indivíduos, há
cães que não servem para toda a gente e vice-versa, dependendo isso do
antagonismo e da conflitualidade entre as expectativas de vida de uns e o
perfil psicológico de outros. A obediência incondicional de um
cão, apesar de difícil, é possível mas não deverá atentar contra os instintos
ligados à sua sobrevivência, assim como reduzir a sua autonomia e capacidade de
resolução, factores que ao serem desconsiderados transformariam o cão num robot
superdependente e por isso mesmo incapaz de reagir sem ordem expressa, o que de
certa forma já sucede nos cães domésticos (Canis familiaris).
É
o condicionamento que viabiliza este grau de obediência, que ao ser alcançado,
poderá vitimar o animal diante da ausência temporária ou do desaparecimento
definitivo do seu líder, nomeadamente se o seu controlo e accionamento forem
prerrogativas exclusivas deste, só comendo ou bebendo debaixo de ordem para o
efeito. Diante destes riscos, considerando o bem-estar dos cães, há que
considerar se tal obediência se justifica e é absolutamente necessária, uma vez
que serão os animais a pagar o seu altíssimo preço. Depreende-se assim que a obediência incondicional só deverá ser procurada nas
ordens que funcionam como subsídio ou acréscimo da salvaguarda dos cães,
protecção e mais-valias que jamais alcançariam instintivamente.
O
condicionamento que leva à obediência incondicional de um cão aproveita,
desenvolve ou potencia três condições prévias presentes no animal – um carácter forte,
um
excelente impulso herdado ao conhecimento e uma extraordinária capacidade de
interacção – simbiose que na maioria dos casos não dispensa também
uma boa instalação doméstica. Como a obediência incondicional, enquanto imposição
resultante de um processo de subordinação, está para além da parceria pura e
simples, prestando-se em primeira mão à ratificação da obediência, os cães mais
frágeis de carácter não deverão ser para ela convidados e nenhuma das ordens a
instalar-lhes deverá ter um carácter imperativo, já que o stress provocado só
agravaria a sua já frágil condição e precário bem-estar.
O
histórico carácter imperativo das ordens, agora praticamente em desuso e
substituído pelo método lúdico-científico a que se convencionou chamar de “reforço positivo”, ao abster-se de
categorizar os cães e de lhes exigir condições prévias, acabou
por tornar possível o treino global de todos aqueles até aqui desprezados, hoje
maioritários, animais sem raça, provenientes da selecção natural ou de
cruzamentos acidentais, que apesar de muito gratos aos seus
resgatadores e donos, dificilmente suportam comandos inibitórios, o controlo dos
seus instintos, situações adversas e de privação.
A obediência incondicional, exactamente como a reeducação (executada obrigatoriamente por estranhos),
são processos pedagógicos que não dependem do estreitar dos laços afectivos
entre condutores e cães, laços esses que podem até obstar à sua instalação,
caso os cães persistam em entender os seus condutores como
amigos ou iguais e não como mestres. Quando se fala na aquisição
de uma obediência inquestionável e a toda a prova, a resistência ao suborno e
aos apelos naturais são currículo obrigatório e muitas vezes indispensável para
certos trabalhos caninos.
Por outro lado, quem é portador de um cão que morde por modo próprio, para onde está virado e para cima de quem lhe apetece, sinal de uma liderança imprópria e incapaz de controlá-lo, ver-se-á obrigado a mudar de atitude e a controlá-lo sem reticências, a enveredar por uma obediência incondicional capaz de cessar peremptoriamente todas as investidas instintivas do animal, através de um condicionamento próprio e continuado que garanta a submissão gradual do cão a partir da experiência directa, processo pedagógico que não se compadece com a menor das falhas. Doutro modo, caso o dono seja responsável e honesto, é melhor andar com o cão açaimado e esquecer-se da sua condução em liberdade ou entregá-lo aos bons ofícios da reeducação, que está cá para isso.