sexta-feira, 26 de outubro de 2018

OS LABRADORES CHOCOLATES VIVEM MENOS

Numa recente pesquisa conduzida pela UNIVERSIDADE DE SYDNEY concluiu-se que a ESPERANÇA DE VIDA DOS LABRADORES DE COR CHOCOLATE É SIGNIFICATIVAMENTE MENOR DO QUE A ENCONTRADA NOS SEUS PARES DE OUTRAS CORES (amarelos e pretos). Este estudo, que considerou mais de 33.000 labradores de todas as cores baseados no Reino Unido, mostrou que os labradores chocolate têm uma maior incidência de infecções do ouvido e doenças de pele.
Os resultados desta pesquisa foram publicados na revista de livre acesso CANINE GENETICS AND EPIDEMIOLOGY. Como parte do programa VETCOMPASS da universidade, que colecta e analisa dados electrónicos de pacientes caninos, a pesquisa está ser replicada na Austrália, onde os labradores são a raça mais popular de cães.
No Reino Unido, a longevidade média dos labradores não-chocolate é de 12,1 ANOS, 10% MAIS LONGA mais longa do que a encontrada nos chocolate. A prevalência de inflamação no ouvido (otite externa) foi duas vezes maior nos labradores de chocolate, que foram quatro vezes mais propensos a sofrer de dermatite piotraumática. O principal autor do estudo, PROFESSOR PAUL McGREEVY (na foto a seguir), da Faculdade de Ciências da Universidade de Sydney, disse que A RELAÇÃO ENTRE A CÔR DO PELO E A DOENÇA foi uma surpresa para os pesquisadores e que as descobertas no Reino Unido podem não ser válidas para os labradores australianos, por carecerem de maior investigação local.
O mesmo pesquisador adiantou ainda: “As relações entre a cor da pelagem e as doenças podem reflectir uma consequência inadvertida na criação de certas pigmentações" e "Como a cor chocolate é recessiva em cães, o gene para essa cor tem que estar presente em ambos os pais para que os seus cachorrinhos sejam de côr chocolate. Criadores direccionados na procura desta cor podem, portanto, ter uma maior probabilidade de criar apenas Labradores carregando o gene do manto chocolate. O REDUZIDO POOL DE GENES RESULTANTE INCLUIU UMA PROPORÇÃO MAIOR DE GENES CONDUCENTES A CONDIÇÕES DE OUVIDO E PELE”.
“Em toda a população de Labrador, as condições de saúde mais comuns encontradas foram obesidade, infecções de ouvido e condições articulares”. "Descobrimos que 8,8 por cento dos labradores do Reino Unido estão com sobrepeso ou obesidade, um dos maiores percentuais entre raças de cães no banco de dados VetCompass", disse o professor McGreevy (A PREVALÊNCIA FOI MAIOR ENTRE OS MACHOS QUE FORAM  CASTRADOS).
Será que depois destas conclusões alguém deverá pedir um certificado de pigmentação e reduzir a biodiversidade cromática existente numa raça? Eu sempre disse que não pelo empirismo, outros continuam a dizer que sim por ignorância e à revelia da ciência. Será ignorância ou maldade? Não há como dar o benefício da dúvida!

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