sexta-feira, 17 de abril de 2020

ATÉ ÀS ÚLTIMAS CONSEQUÊNCIAS

A causa do ataque canino que vitimou um soldado austríaco de 31 anos no aeroporto de Wiener Neustädter, ainda não está completamente esclarecida. Conforme já noticiámos, este soldado foi encontrado morto antes das 02h00 na madrugada do dia 14 de Novembro do ano passado e tinha entrado de serviço às 16h00 do dia anterior, tendo como missão tratar de 5 cães naquele quartel. Durante a noite, o Oficial de Dia, avistou dois Malinois que corriam livremente na unidade e chamou um tratador de cães para ir prendê-los. Ao chegar aos alojamentos dos cães, este tratador deparou-se com um seu colega sem vida na frente dos canis, com o corpo visivelmente rasgado por dentadas caninas.
Como todos os especialistas austríacos são considerados tendenciosos pela justiça, por se encontrarem ligados de algum modo ao sistema militar canino, foi solicitada a vinda de um especialista alemão, que está neste momento a ser consultado, para esclarecer se foram ou não cometidos erros no tratamento dos cães militares, nomeadamente negligência na custódia e no cuidado com os animais, segundo confirmou Erich Habitzl (na foto seguinte) do Gabinete do Ministério Público em Wiener Neustadt ontem. A ordem para o especialista já foi dada “no decurso de um pedido de assistência jurídica”, disse um porta-voz governamental.
O Delegado do Ministério Público encarregue do caso (Erich Habitzl) mantém o mesmo grupo de suspeitos: o tratador dos cães dos cães agressores e seus superiores hierárquicos imediatos. O Chefe do Comando de Caça do Distrito de Mödling que foi responsável, entre outras coisas, pelo exercício e alimentação dos animais, é também suspeito. O tratador dos cães é considerado suspeito por ter trabalhado os animais no dia anterior ao incidente e por lhe caber encerrar os cães convenientemente. Entretanto, o relatório de investigação do Exército Federal austríaco, enviado ao Ministério Público em Dezembro, concluiu que havia “uma grave situação de conflito entre o falecido soldado e os Malinois”. Os cães encontram-se de quarentena e o seu destino só será conhecido depois da conclusão da investigação. Concluindo, os austríacos vão até às últimas consequências, ao contrário de outros mais corruptos, peritos em concluir e/ou arquivar processos que nunca chegaram a abrir.

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