segunda-feira, 29 de novembro de 2021

EM WEHR ALGUÉM NÃO JOGOU À DEFESA!

 

No município alemão de Wehr, situado no distrito de Ahrweiler e no estado de Rheinland-Pfalz, na passada quinta-feira, dia 25 de novembro, numa vaga de estacionamento em frente à sua casa e numa ladeira, um homem de 65 anos viu a sua autocaravana passar-lhe por cima de um pé e matar depois o seu cão. Segundo a polícia informou hoje, a autocaravana de várias toneladas começou a mover-se sozinha surpreendendo o homem e o animal, vindo depois a embater num corrimão e a ir parar a um pátio inferior, segundo consta no relatório do incidente. A esposa deste homem teve que ser hospitalizada para tratamento adicional das suas feridas. A polícia estima que o acidente causou danos de pelo menos 8.000 euros no local e na própria autocaravana. Os serviços de emergência tiveram que recuperá-la com grande esforço, valendo-se de duas viaturas guindaste. Curiosamente “Wehr” significa “defesa”, mas o homem atropelado não jogou à defesa, porque não teve o cuidado de travar bem a viatura. Tudo teria alguma graça se o cão não tivesse morrido, porque as feridas saram e depressa são esquecidas.

É em situações destas que damos como bem empregue o tempo que dedicamos na escolas aos comandos de travamento e direccionais, ordens capazes de evitar os vários perigos à volta dos cães, que doutra maneira poderiam ser-lhes fatais. Dependendo das circunstâncias, tanto um comum comando de travamento como um direccional podiam ter poupado a vida do animal. Este lamentável incidente serve perfeitamente de introdução à problemática dos cães na via pública, que deverão estar sempre debaixo de ordem, quer caminhem ou estejam imóveis, porque doutro modo aproveitarão para agir segundo os seus instintos e inclinações, que por norma não são bons conselheiros, surpreendendo assim os seus condutores, acabando eles também surpreendidos quando libertos do comando de “atenção”. Como não treinamos para guarda desportiva e deixamos o melhor para a competição, a nossa preocupação é com o quotidiano, servindo a unidade binomial para os mil e um desafios que nos são colocados – não procuramos um cão de espectáculo, mas um que nos acompanhe sempre que é preciso. Os comandos instalam-se, desenferrujam-se e aprimoram-se no treino para nos bastarem no dia-a-dia, tornando útil a cumplicidade entre homens e cães, para além de um prazer pouco experimentado. 

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