quinta-feira, 26 de setembro de 2019

NOVAS PERSPECTIVAS NO TRATAMENTO DA LEISHMANIOSE CANINA E HUMANA

Há um novo candidato a MEDICAMENTO para o tratamento da LEISHMANIOSE, uma infecção que afecta dois milhões e meio de cães na Europa e que pode também estender-se aos humanos, desenvolvido por um conjunto de pesquisadores de nove países, coordenados pela Professora MARIA PAOLA COSTI (na foto abaixo), do Departamento de Ciências da Vida da UNIVERSIDADE DE MODENA e REGGIO EMILIA (UNIMORE). Este fármaco candidato a medicamento, o NMT-A02, demonstrou ser eficaz contra a leishmaniose nos cães em que foi testado, tem menor toxidade e os animais deixaram de apresentar os sinais clínicos da infecção. Esta descoberta, que abre novas perspectivas no tratamento da leishmaniose canina e humana, resultou do Projecto “NOVOS MEDICAMENTOS PARA INFECÇÕES POR TRIPANOSSOMATÍDEOS”, financiado pela COMISSÃO EUROPEIA no período de 2013-2017, que contribui com uma verba a rondar os seis milhões de euros (a fase pré-clínica foi concluída nos últimos dias).
Desde 2018 até agora, os cães foram objecto de acompanhamento e regularmente submetidos a exames hematológicos e imunológicos. Hoje, dois anos após o tratamento inicial, os cães de teste encontram-se em boas condições físicas e já não manifestam a doença, contrariamente aos cães tratados com Milteforan, a droga actualmente em uso. Segundo a Professora Costi, o cão representa uma reserva da doença e, para eliminar a infecção humana, é necessário resolver a canina. Referindo-se ao mesmo fármaco, esta investigadora italiana adiantou ainda: “Hoje, podemos oferecer um medicamento para o tratamento da leishmaniose canina num tempo relativamente mais curto, como alternativa, no uso humano, a tempos mais longos.” O desenvolvimento deste medicamento requer agora a intervenção de investidores e a colaboração de PMEs ou indústrias farmacêuticas para o estudo regulador necessário ao seu registo. Óptimas notícias!

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