segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

CHAMA-SE PEDRO, TEM UM CÃO CHAMADO TUCO E VEIO DE CÁCERES

As aulas deste Sábado contaram com a participação de uma “Guest Star” inesperada: um cidadão espanhol chamado Pedro, natural de Cáceres, na Estremadura do país vizinho, proprietário de um CPA preto-afogueado de linha laboral, com 5 anos de idade e que responde pelo nome de “Tuco”, sendo ainda dono de um bracóide a roçar a terceira idade. Quase sem saber como, o estremeño saltou para a nossa classe e deu boa conta de si, prontificando-se de imediato a acumular as funções de fotógrafo-de-dia. Na foto acima vemo-lo a comandar a classe e na seguinte a convidar o seu CPA a ultrapassar pela primeira vez uma vertical simples com 60cm de altura.
Para além deste visitante, contámos ainda com a presença dos jovens da Família Carvalho, com o Ruben e com o Fábio, desempenhando ambos com galhardia as tarefas que voluntariamente assumiram. Na foto abaixo podemos ver o Fábio a conduzir o CPA Bohr sobre um conjunto de 5 verticais, substituindo o Paulo Motrena que ainda se encontra a convalescer de um intervenção cirúrgica a um joelho.
Com o cachorro mais novo da classe pronto para as vencer, optámos por introduzir nos trabalhos as verticais de 60cm, disponibilizando-se o adestrador para ajudar todos os cães presentes a ultrapassá-las. Na foto abaixo podemos vê-lo a conduzir com êxito o CPA Bohr.
Como aquecimento e introdução às verticais de 60cm, porque também tínhamos duas Doberman de 5 meses para ultrapassá-las, valemos de pequenos muros de 20 e 40cm conforme podemos ver na foto seguinte, onde o cachorro CPA Bjorn, conduzido pela Petrona, está a ultrapassar um deles.
Também a Tatiana Pomenko foi mobilizada para conduzir o CPA Bohr, tarefa que venceu sem qualquer dificuldade, porque o cão é um grande atleta e parece ter alguma propensão para guiar cegos.
A Svetlana continua com dificuldades em se adiantar ao Doberman Zeus no 3º tempo do salto (na saída), obrigando o cão a extraordinários golpes de rins para não tocar ou derrubar os obstáculos. Esta dificuldade é causada por dois pormenores técnicos: à falta de poder de arranque da condutora e à rigidez da mão indutora. Na transposição abaixo é possível ver a condutora paralela ao cão na saída do obstáculo, quando deveria estar já adiantada em relação ao animal.
A Andreia esteve bem e conseguiu que a sua pequena Doberman, a Russa, ultrapassasse confiante todas as barreiras de 60 colocadas na sua frente. Falta a esta condutora mais confiança e tenacidade para atingir os objectivos que deseja, porque doutro modo dificilmente conseguirá levar de vencida as contrariedades que irá enfrentar, pormenores a que as suas 14 primaveras não são alheias.
Podemos observar a seguir uma excelente prestação binomial, da autoria do Fábio e do Bohr, com o cão a saltar folgadamente um conjunto de 5 verticais. É de salientar o preparo físico do cão e a colocação acertada do seu condutor na saída do obstáculo composto.
Quando a moral da Andreia começou a cair por terra, porque não gostamos de deixar ninguém para trás, o adestrador viu-se obrigado a correr ao seu lado, para que de alguma maneira a miúda tivesse pernas para o cão que conduzia.
A Petrona conseguiu levar “a água ao seu moinho”, fazer com que o cachorro CPA Bjorn ultrapassasse as verticais de 60cm, sucesso que ficou a dever-se a decisão da condutora e à excelente qualidade do cachorro.
Esta nossa aluna búlgara apresentou sérias dificuldades na transposição consecutiva das verticais, mas como é de uma tempera pouco vista e de um querer que vale a pena salientar, não abandonou o treino sem alcançar a citada transposição de modo perfeito.
Como a sociabilização inter pares é uma das nossas metas, terminámos os trabalhos da manhã com uma das sete manobras de sociabilização animal que preconizamos: o cruzamento a uma linha, que consiste na divisão da classe em duas linhas que marcham ao encontro uma da outra. A título de informação adiantamos quais as 7 manobras que praticamos para atingir a sociabilização animal (entre cães), são elas: o cruzamento frontal; o contorno; o enquadramento; o cruzamento a uma linha; a evolução em esquadras; o duo e a condução à arreata.
Com “as pilhas carregadas”, a Andreia abraçou os trabalhos da parte da tarde com ânimo redobrado, levando a Doberman Russa à transposição irrepreensível das 5 verticais consecutivas, experimentando assim que mais vale lutar do que ficar de braços cruzados à espera que aconteça.
Apesar de nunca ter dado parte fraca, sabemos que a Petrona saiu exausta, ainda que satisfeita, porque o seu cachorro terminou os trabalhos em alta e venceu com segurança todos os desafios que enfrentou, enaltecendo também assim o esforço e o querer de quem o criou.
Na foto seguinte podemos avaliar a excelente entrada do binómio Svetlana/Zeus sobre um conjunto de barreiras elevadas a 60cm e com o comprimento 150cm.
Participaram nos trabalhos seguintes binómios: Adestrador/Bohr; Andreia/Russa; Fábio/Bohr; João/Lupa; Pedro/Tuco; Petrona/Bjorn; Svetlana/Zeus; Svetlana/Cosi e Tatiana/Bohr. A Andreia; o Fábio; a Petrona; o Ruben e a Tatiana participaram no “passarinho”. O Pedro estremeño, o Paulo Motrena e o Luis Carvalho foram fotógrafos e o Pedro Mendonça constituiu-se em obstáculo humano com o Ruben Carvalho.
Anteontem trabalhámos de manhã e de tarde, em pequenas e espaçadas sessões de treino, em dois ecossistemas diferentes e dando ênfase a duas disciplinas cinotécnicas. Os resultados obtidos fortalecem os nossos propósitos e levam-nos a trabalhar mais e melhor, porque sabemos o que queremos e como lá chegar, respeitando sempre e incondicionalmente o bem-estar e a salvaguarda dos nossos cães.  

Sem comentários:

Enviar um comentário