Parece
quase impossível como é o Japão ousou desafiar o gigante americano na II GUERRA MUNDIAL,
mas quem conhece os japoneses nada estranha, porque eles são verdadeiramente
notáveis naquilo que fazem, ousados para alcançarem aquilo que pretendem e
extraordinariamente resilientes quanto ligados a um objectivo maior. Eles não
têm só os olhos em bico, eles põem os olhos em bico a todos aqueles que do alto
da sua soberba os desdenham! A Prefeitura de Gunma, localizada a noroeste da
região de Kantō, na ilha Honshu, está a investir 124 milhões de ienes (873.000
dólares americanos) num projeto para treinar cães que podem farejar problemas
de saúde como o cancro em humanos. O governo da província planeia estender o
apoio a médicos e cientistas que se dedicam a essas pesquisas durante três anos
a partir do ano fiscal de 2023. Embora vários estudos sobre cães de detecção de
cancro tenham sido realizados em todo o mundo, as pesquisas nunca foram postas
em prática e Gunma pretende ser a primeira a fazê-lo.
De
acordo com o governo da província, cães de detecção de doenças, a trabalhar
como farejadores de drogas, podem determinar se as pessoas estão doentes com
base no cheiro do ar exalado e/ou da urina. A iniciativa na província de Gunma
faz parte do esforço do governador Ichita Yamamoto (na foto seguinte) de criar
uma “sociedade para viver melhor com animais de estimação”. “Fomos informados
(por um painel de especialistas organizado pela prefeitura) que criar um
ambiente onde os cães de detecção e outros animais de estimação possam atingir
seu potencial, ajudará a promover a nossa simbiose”, disse Yamamoto. A
prefeitura está a solicitar propostas de pesquisa de todo o país, querendo
especificamente um estudo acerca do modo como os cães conseguem detectar o cancro
e outro sobre como encontrar sintomas de COVID-19, doença de Parkinson e outras
doenças.
Um
máximo de 30 milhões de ienes será entregue para cada projecto. A compra e a alimentação dos cães para a pesquisa serão cobertos pelos recursos do
orçamento. As inscrições foram aceites até ao dia 14 de julho. Os pesquisadores
estudarão amostras de doenças fornecidas por institutos médicos. A prefeitura
espera treinar dois cães da raça Labrador Retriever e outras raças conhecidas
pelos seus altos níveis de concentração. Pesquisas sobre esses cães foram
realizadas na Finlândia e na Grã-Bretanha. No Japão, a cidade de Kaneyama, na
província de Yamagata, financiou um programa semelhante nos anos fiscais de
2017 e 2018.
No ano passado, Yamamoto visitou a Finlândia para observar um teste de verificação de cães farejadores de doenças no aeroporto de Helsínquia, tentando identificar os infectados com o novo coronavírus. “Pessoas e animais de estimação poderão coexistir num sentido muito mais amplo com o programa detector”, disse Yamamoto. “Faremos pleno uso das habilidades dos cães pelo bem da humanidade.” Questionado sobre como pôde o governo local justificar tão elevada quantia, Yamamoto referiu o estúdio de transmissão Tsulunos dentro do prédio de escritórios da prefeitura e o espaço de trabalho comunitário público-privado Netsugen para empresários: “Estas instalações foram criticadas na época da sua introdução, mas actualmente estão a operar a 100% da capacidade (…) Devemos correr riscos sempre que começamos algo novo.” A cinotecnia japonesa vai bem e recomenda-se – tem um futuro auspicioso!
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