
O
Reino Unido está a mover-se para proibir a importação de cães com as orelhas
cortadas diante de um aparente aumento dessa prática impulsionada por estrelas
pop e outras celebridades, o que levou os veterinários a pedir regras mais rígidas
ao governo. O governo conservador da Grã-Bretanha disse esta semana que vai
introduzir a proibição de importação de cães com as orelhas cortadas como parte
de uma série de medidas destinadas a melhorar o bem-estar animal, incluindo o
microchip obrigatório para gatos e a proibição das coleiras de choques
eléctricos no treino dos cães. Estas alterações serão sujeitas a votação
parlamentar e farão parte de uma série de projectos de lei, disse hoje um
porta-voz do governo britânico. Esta decisão governamental é uma vitória para a
British Veterinary Association (BVA), que no ano passado se juntou à
organização de bem-estar animal The Foal Group, para iniciar uma petição a
pedir a proibição de cães com orelhas e caudas amputadas, petição que acumulou
mais de 100.000 assinaturas e que forçou os legisladores a considerar o
assunto.

Esta
pressão sobre o governo da Grã-Bretanha está a contribuir para o debate global
sobre a proibição ou restrição de procedimentos com poucos ou nenhuns
benefícios para a saúde animal, como é o corte de orelhas, o corte de cauda e
declamação nos gatos. O Reino Unido proibiu o corte de orelhas há muito tempo,
mas os britânicos podem importar cães com as orelhas cortadas - uma brecha que
a BVA teme que incentive o corte de orelhas clandestino e ilegal em solo
britânico. O corte de orelhas é proibido em muitos locais, incluindo Europa e
Australásia, mas é permitido nos Estados Unidos. O processo, também conhecido
como otoplastia cosmética, envolve o corte de parte das orelhas de um cão para
deixar o deixar com elas erectas. Crê-se que as orelhas erectas tornam o animal
mais intimidante. Na pior das hipóteses, o corte é realizado de forma grosseira
por não-veterinários, mediante bisturis ou tesouras e sem anestésico. Quando
realizado por profissionais veterinários, o processo expõe potencialmente os
animais aos riscos cirúrgicos comuns de infecção e a complicações durante a
anestesia. Esta decisão acertada do governo de Sua Majestade vai permitir que
mais cães possam melhor usar as suas expressões mímicas na comunicação e melhorar
o seu desempenho físico pela existência da cauda.
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